A partir desta terça-feira (2), solicitar um visto para os Estados Unidos passa a ser mais caro e burocrático. As mudanças fazem parte de um pacote aprovado pelo governo de Donald Trump e impactam turistas, estudantes e profissionais que pretendem entrar no país, tanto em pedidos novos quanto em renovações.
Entre as novidades está a cobrança de uma nova taxa de integridade do visto, no valor de US$ 250 (cerca de R$ 1.360), somada à já existente de US$ 185 (R$ 1.006). Com isso, o custo total de um visto padrão de não imigrante, como o B1/B2 (negócios e turismo), passa a ser de US$ 435 (cerca de R$ 2.367). Caso o visto seja negado, a taxa extra não será cobrada.
Outra mudança é a exigência de entrevista presencial para todos os solicitantes de vistos de não imigrante pela primeira vez. Antes, menores de 13 anos e maiores de 80 eram dispensados. Agora, apenas casos específicos, como vistos diplomáticos e oficiais, continuam isentos.
Já quem busca renovar os vistos B1, B2 ou B1/B2 pode ser liberado da entrevista se cumprir alguns requisitos, como ter 18 anos ou mais, solicitar no país de residência, nunca ter tido visto recusado e não apresentar inelegibilidade. Ainda assim, o consulado pode exigir entrevista a qualquer momento.
A entrevista dura cerca de cinco minutos, é feita em português e serve para confirmar as informações do formulário DS-160, documento obrigatório no processo. O candidato deve levar comprovantes como passaporte válido, agendamento da entrevista e, se solicitado, documentos financeiros ou de trabalho.
Outra novidade é a possibilidade de análise de redes sociais em algumas categorias de visto, como F (estudantes), M (técnico/vocacional) e J (intercâmbio). Solicitantes precisam listar nomes de usuários usados nos últimos cinco anos, permitindo que o consulado avalie sua presença online.
Segundo o governo americano, as medidas buscam reforçar a segurança do processo: “Obter um visto para os EUA é um privilégio, não um direito”, diz o comunicado.
