Vereador denuncia retaliação política no atendimento do Hospital de Trauma de Campina Grande

O vereador Márcio da Eletropolo (PSB) utilizou a tribuna da Câmara Municipal de Campina Grande, nesta terça-feira (22), para denunciar o que classificou como perseguição política no atendimento a pacientes no Hospital de Emergência e Trauma Dom Luiz Gonzaga Fernandes, unidade mantida pelo Governo do Estado.
Segundo o parlamentar, pessoas ligadas a ele estariam sendo prejudicadas no atendimento médico por questões políticas, situação que, segundo ele, já ocorria desde o período eleitoral de 2024, mesmo dentro do próprio campo da Oposição.
Márcio citou o caso do jovem João Victor Borges, de 16 anos, enteado do irmão do vereador, que sofreu um acidente de moto no último dia 12. O adolescente teria sido atendido, submetido a exames e liberado. No entanto, voltou ao hospital dias depois, com fortes dores e gritando. “Na segunda entrada é que, com exames mais aprofundados, descobriram um problema no baço”, relatou o vereador.
Ainda de acordo com ele, após interceder para que o jovem recebesse uma atenção adequada, não houve retorno. Márcio alega que a suposta retaliação teria sido motivada por vínculos familiares e políticos. “Na campanha, eu até dizia para não falarem meu nome, porque o atendimento piorava. E agora, mesmo fora da campanha, estão repetindo esse tipo de comportamento”, desabafou.
O vereador afirmou que não busca privilégios, mas respeito no atendimento à população. “Não quero benefício, mas não admito que uma pessoa seja penalizada por estar ligada a mim. Se necessário, vou ao Ministério Público”, declarou, informando ainda que a cirurgia que seria realizada na última segunda-feira (21) teria sido desmarcada após os profissionais do hospital saberem da relação familiar com o parlamentar.
Márcio criticou a conduta de supostos grupos ligados ao hospital, que, segundo ele, agiriam com favorecimento político. “Na campanha tinha uma preferida do Estado lá. Não concordava, mas entendia o contexto político. Agora não tem justificativa”, pontuou.
Até o momento, a direção do Hospital de Trauma de Campina Grande não se pronunciou sobre a denúncia. O espaço segue aberto.