Campina Grande

UFCG terá supercomputador mais poderoso do Nordeste em novo Centro de Transformação Digital

A Universidade Federal de Campina Grande (UFCG) deve inaugurar, em dezembro de 2025, um Centro de Transformação Digital Multissetorial e Multiusuário, dedicado à Computação de Alto Desempenho (HPC) e à Inteligência Artificial (IA). O espaço posicionará a instituição como referência nacional nas áreas de Engenharia Elétrica e Ciência da Computação.

O centro contará com o supercomputador mais poderoso do Nordeste e o primeiro do Brasil equipado com GPUs NVIDIA B200 com refrigeração líquida. A máquina terá:

  • 16 GPUs B200, com 288 PFlopsAI de performance total
  • 2,8 TB de memória dedicada à GPU
  • CPUs AMD Turin com mais de 1.000 núcleos físicos de processamento
  • 3 TB de RAM
  • Armazenamento híbrido de altíssimo desempenho, com capacidade de até 1,3 PetaBytes

A iniciativa, orçada em aproximadamente R$ 15 milhões, foi uma das 36 propostas aprovadas pela Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) entre 238 enviadas, em chamada pública voltada para infraestrutura de pesquisa em áreas como transição energética, transformação digital, saúde e defesa.

O projeto foi idealizado pelos professores George Lira (Unidade Acadêmica de Engenharia Elétrica) e Leandro Balby (Unidade Acadêmica de Sistemas e Computação), com apoio de docentes de outros centros da UFCG. A máquina será trazida dos Estados Unidos e instalada no Edifício Telmo Araújo, no Centro de Engenharia Elétrica e Informática, que está passando por reformas para receber o equipamento, incluindo adequações na rede elétrica, estrutura de dados e um sistema de refrigeração líquida exclusivo.

O centro impulsionará pesquisas em áreas como modelos avançados de IA, modelagem matemática, simulações de sistemas físicos e industriais, Internet das Coisas, segurança cibernética e computação quântica simulada.

“Os setores atendidos incluem energia, telecomunicações, indústria, saúde, petróleo e gás, química e novos materiais, promovendo inovação com impacto social, econômico e ambiental”, destacou Leandro Balby.

Além da infraestrutura, o projeto prevê políticas de acesso, uso compartilhado, capacitação e governança para garantir a sustentabilidade e o caráter multiusuário e multissetorial do centro.

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