Trump e Putin se reúnem no Alasca em cúpula decisiva sobre guerra na Ucrânia
Encontro marca primeira visita de Putin ao Ocidente desde 2022; presidente dos EUA admite que reunião pode ser curta se não houver concessões

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o presidente da Rússia, Vladimir Putin, se encontram nesta sexta-feira (15) no Alasca, em uma cúpula que pode marcar um ponto de inflexão na guerra da Ucrânia. É a primeira vez que Putin pisa em território ocidental desde o início da invasão russa, em fevereiro de 2022.
A guerra já provocou milhares de mortes, e as forças russas atualmente controlam cerca de 20% do território ucraniano. A reunião acontece sob fortes expectativas e grande tensão internacional.
🇷🇺🤝🇺🇸 Um encontro com limites
O convite para o encontro partiu de Trump, mas foi sugerido pelo próprio Putin, segundo fontes próximas ao governo russo. Apesar disso, Trump adotou uma postura cautelosa e afirmou que a reunião pode “terminar em questão de minutos” caso não haja sinais de flexibilidade por parte do líder russo.
“Será uma reunião para sondar o cenário”, disse Trump, ressaltando seu perfil de negociador duro, mas afirmando que não abrirá mão de princípios para manter o encontro.
O presidente norte-americano afirmou ainda que, após a reunião com Putin, pretende conversar rapidamente com líderes europeus e com o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky. Para Trump, um possível acordo final exigirá uma cúpula tripartite, com Putin, Zelensky e ele próprio, além de negociações sobre uma possível divisão territorial.
🌐 Reações globais e expectativa
A comunidade internacional observa o encontro com cautela e apreensão. Analistas veem a reunião como um movimento de alto risco, mas também como uma possível abertura para negociações reais após mais de três anos de conflito. Setores da diplomacia europeia demonstram preocupação com a proposta de dividir o território ucraniano como solução.
Ainda não há detalhes sobre a duração oficial da reunião ou se haverá coletiva de imprensa após o encontro. O mundo, no entanto, permanece atento a cada movimento em solo americano.
ANFOTO: DREW CABALLERO-REYNOLDS / AFP