Trump ameaça atacar países envolvidos no tráfico de drogas para os EUA e cita Colômbia e Venezuela
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou que qualquer país que participe do tráfico de drogas com destino ao território norte-americano pode ser alvo de ataque militar. A declaração foi feita durante reunião com secretários, na qual ele acusou a Colômbia de manter fábricas de produção de cocaína e enviar entorpecentes para os EUA. Trump afirmou que a ameaça não se restringe à Venezuela e acusou outros países de enviarem “assassinos” para o território norte-americano.
Dados do Relatório Mundial sobre Drogas de 2025, da ONU, indicam que a maior parte da cocaína que chega aos Estados Unidos vem de Colômbia, Peru e Bolívia, enquanto o México é a principal origem do fentanil, responsável por grande número de overdoses recentes. Desde setembro, os EUA ampliam a presença militar no Caribe sob a justificativa de combater o narcotráfico.
As declarações de Trump reacenderam tensões com a Colômbia. Em outubro, o presidente norte-americano já havia chamado Gustavo Petro de “traficante de drogas ilegal” e acusado o país de estimular a produção. Petro reagiu novamente, afirmando que o governo colombiano destrói laboratórios diariamente e impede que cocaína chegue ao mercado norte-americano. Ele convidou Trump a visitar o país para acompanhar operações de combate ao tráfico.
Em setembro, o Departamento de Estado dos EUA divulgou uma lista de países que produzem ou servem de rota para drogas ilícitas, incluindo Afeganistão, Colômbia, México, Venezuela e outros 20 territórios. A lista não indica participação direta no envio de drogas aos EUA.
O tema também esteve na pauta de uma conversa telefônica entre Trump e o presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva. O governo brasileiro informou que Lula defendeu reforçar urgentemente a cooperação com os EUA no combate ao crime organizado. Trump disse estar disposto a ampliar ações conjuntas e apoiar iniciativas bilaterais de enfrentamento a organizações criminosas.
Foto: REUTERS/Jonathan Ernst

