Política

Tarcísio de Freitas diz que daria indulto a Bolsonaro se fosse presidente e defende anistia a condenados por tentativa de golpe

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), afirmou em entrevista ao Diário do Grande ABC que, caso fosse eleito presidente da República, sua primeira medida seria conceder indulto ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

“Na hora. Primeiro ato. Porque eu acho que tudo isso que está acontecendo é absolutamente desarrazoado”, declarou Tarcísio. Ele, porém, negou intenção de se candidatar à presidência em 2026, ressaltando que todo governador de São Paulo é, por tradição, presidenciável, mas citou exemplos históricos de governadores que chegaram à presidência: Jânio Quadros e Washington Luís.

Críticas à Justiça e defesa de anistia

O governador também questionou a confiabilidade da Justiça e disse não ver elementos que justifiquem a condenação de Bolsonaro, que será julgado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) na próxima terça-feira (2) por tentativa de golpe.

Além disso, Tarcísio defendeu a anistia aos condenados por tentativa de golpe de Estado e afirmou que o Congresso deve ter prerrogativa para buscar uma “solução política”:

“Acredito muito em uma saída política via Congresso, e o Congresso tem que ter sua prerrogativa respeitada para construir uma solução política. Essa solução [anistia] não é novidade, esteve presente em outros momentos do Brasil”, disse, citando desde revoltas do período colonial até o movimento de 1964.

Pressão sobre o Congresso

Na entrevista, o governador cobrou o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), para que a pauta da anistia seja discutida no plenário, sem interferência de outros poderes.

Foto: Pedro Kirilos/Estadão

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