Um grave episódio ocorrido neste domingo (13), no município de Cubati, no Seridó paraibano, gerou indignação e abriu debate sobre o uso de recursos públicos em eventos culturais. Durante o show do cantor Anderson Neiff, realizado como parte da programação do Super Cross da cidade, uma criança de 11 anos subiu ao palco e foi exposta dançando ao som de músicas com conteúdo sexual explícito.
O evento, que deveria ser voltado ao entretenimento, terminou em tragédia: uma briga generalizada no local resultou em uma pessoa morta e duas feridas por golpes de faca.
De acordo com informações do Tribunal de Contas do Estado da Paraíba (TCE-PB), o show de Anderson Neiff foi contratado pela Prefeitura de Cubati pelo valor de R$ 150 mil, com recursos públicos.
O episódio tem gerado forte repercussão nas redes sociais e entre representantes da sociedade civil, que cobram responsabilidade na escolha das atrações financiadas com dinheiro público. A situação reacende o debate sobre a criação de leis municipais, conhecidas como “leis anti-Ouram”, que proíbem o custeio de apresentações artísticas com conteúdo sexualizado, apologia à violência ou que exponham crianças e adolescentes a riscos.
Organizações de proteção à infância e ao adolescente, bem como o Ministério Público, devem ser acionados para apurar as responsabilidades, tanto na condução do evento quanto na violação dos direitos da menor envolvida.
