Política

Senadores brasileiros vão aos EUA, mas não têm reuniões marcadas com governo Trump

Missão tenta negociar tarifas de 50% sobre produtos brasileiros, mas agenda inicial inclui apenas encontros com diplomatas e empresários

Uma comitiva de senadores brasileiros desembarcou nos Estados Unidos neste domingo (27) para tentar negociar a suspensão das tarifas de 50% que o governo norte-americano pretende impor a produtos do Brasil a partir de 1º de agosto. No entanto, nenhum encontro com representantes da administração do presidente Donald Trump (Partido Republicano) está previsto para o primeiro dia oficial da missão, nesta segunda-feira (28).

A programação divulgada até o momento inclui apenas três compromissos: um café da manhã com a embaixadora do Brasil em Washington, Maria Luiza Viotti, e o ex-diretor-geral da OMC, Roberto Azevêdo; reuniões fechadas com interlocutores não identificados; e um encontro com empresários e representantes do Brazil-U.S. Business Council, na sede da Câmara de Comércio dos EUA.

Viotti, que acompanha a comitiva, não possui acesso direto ao alto escalão da atual administração republicana, o que reduz as chances de interlocução direta com autoridades decisivas sobre as tarifas.

A missão, liderada pelo senador Nelsinho Trad (PSD-MS), presidente da Comissão de Relações Exteriores do Senado, fica nos EUA até quarta-feira (30). A agenda completa ainda não foi divulgada pela assessoria da presidência da comissão.

Entre os senadores presentes estão Carlos Viana (Podemos-MG), Jaques Wagner (PT-BA), líder do Governo no Senado, Rogério Carvalho (PT-SE), Tereza Cristina (PP-MS), Marcos Pontes (PL-SP), Esperidião Amin (PP-SC) e Fernando Farias (MDB-AL). Parte deles se reuniu no sábado (26), informalmente, em um hotel para alinhar as estratégias, mesmo sem garantias de diálogo com representantes do governo norte-americano.

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