Proposta de minuto de silêncio por vítimas da operação no Rio gera bate-boca na Câmara de SP

A Câmara Municipal de São Paulo viveu um intenso debate nesta quarta-feira (29) em torno da proposta de um minuto de silêncio para as vítimas da recente operação policial no Rio de Janeiro, que resultou na morte de mais de 100 pessoas. A homenagem, proposta pela vereadora Luna Zarattini (PT), não foi aprovada.

O plano de Zarattini contava com apoio de parlamentares de esquerda, mas vereadores de direita defenderam que a homenagem fosse feita apenas aos quatro policiais mortos durante a ação. Durante a discussão, houve declarações polêmicas:

•Lucas Pavanato (PL) afirmou: “Quem atira em polícia tem que morrer mesmo”.

•Rubinho Nunes (União) declarou: “Espero que os bandidos vão chorar no colo do capeta”.

•Adrilles Jorge (União) completou: “Criminoso não vai ter um minuto de silêncio nessa casa”.

Em defesa das vítimas civis, parlamentares de esquerda rebateram:

•Luna Zarattini (PT): “Não existe pena de morte no Brasil. Vocês não são juízes. Bandido é só depois do devido processo legal. Aqui não é faroeste.”

•Luana Alves (Psol): “É um absurdo ter que dizer nessa Casa que na favela não tem só bandido.”

A proposta reflete a polarização sobre a abordagem da violência urbana e das operações policiais, levantando novamente o debate sobre direitos humanos e segurança pública no país.

Foto: Lucas Bassi