Prefeitura de Campina Grande é alvo de ação judicial com acusações de má gestão de verbas da saúde
A Fundação Pedro Américo, responsável pela gestão do Hospital Help, entrou com ação judicial contra a Prefeitura Municipal de Campina Grande, o Fundo Municipal de Saúde (FMS), o prefeito Bruno Cunha Lima e o secretário de Saúde, Carlos Dunga Júnior. A entidade acusa a gestão municipal de reter recursos destinados ao hospital e desviar verbas públicas de finalidade específica para usos não esclarecidos.
De acordo com a ação, a Prefeitura teria buscado emendas parlamentares junto a congressistas para custear serviços já prestados pelo Hospital Help. No entanto, uma vez liberados os recursos, o município não teria efetivado os pagamentos, além de levantar questionamentos sobre a dívida junto ao Ministério Público, o que, segundo a fundação, indicaria uma tentativa de “encobrir ilícitos”.
“Agem em completa violação ao princípio da boa-fé para encobrir ilícito cometido, ao utilizar verbas que possuíam destinação específica para finalidades totalmente desconhecidas da sociedade”, afirma o documento.
A ação também acusa a Prefeitura e o secretário Dunga Júnior de omissão, ao não cumprir contratos firmados nem repassar os recursos com planos de trabalho já aprovados. A entidade ainda levanta suspeitas sobre a conduta da gestão municipal como um todo:
“Esse espírito de descompromisso com suas obrigações financeiras se alastra por toda a gestão de saúde do município”, diz outro trecho.
A Fundação Pedro Américo solicitou judicialmente o rastreamento dos valores creditados nas contas do Fundo Municipal de Saúde — o chamado “follow the money” — como forma de esclarecer o destino final das verbas.
Até o momento, a Prefeitura de Campina Grande, o FMS, o prefeito Bruno Cunha Lima e o secretário Dunga Júnior ainda não se pronunciaram oficialmente sobre a ação e as acusações apresentadas.