Policial preso com R$ 5 milhões expõe suspeita de fraude em licitação de R$ 142 milhões para obras da COP30
Mensagens apreendidas no celular de um policial militar preso com R$ 5 milhões em espécie revelaram suspeitas de fraude em uma licitação de R$ 142 milhões para obras da COP30, que será realizada em Belém (PA).
Segundo a Procuradoria-Geral da República (PGR), as empresas vencedoras do certame têm ligação com um deputado do Pará e já teriam recebido mais de R$ 911 milhões do governo estadual entre 2020 e 2024. A Procuradoria classifica o grupo como uma possível organização criminosa, suspeita de atuar em fraudes, desvio de recursos públicos e crimes eleitorais.
As investigações apontam que, no dia da licitação, o policial sacou R$ 6 milhões, fato que chamou atenção das autoridades. Conversas interceptadas mostram trocas de mensagens entre o militar e o secretário de Obras do estado, além de registros de saques milionários.
Em nota, o governo do Pará afirmou que os contratos seguiram a legislação e que todas as obras são fiscalizadas. A defesa do deputado negou irregularidades e informou que vai questionar o vazamento das investigações, que tramitam sob sigilo no Supremo Tribunal Federal (STF).
O caso levanta dúvidas sobre a transparência em licitações para grandes eventos internacionais e pode pressionar por mudanças nos modelos de contratação pública adotados para a COP30.