Pirâmide do Parque do Povo completa 40 anos em 2026 como símbolo vivo do São João de Campina Grande

Em meio à grandiosidade d’O Maior São João do Mundo, um ícone se destaca na paisagem do Parque do Povo: a Pirâmide, estrutura que completa 40 anos em 2026 e é considerada o coração da festa.
Inaugurada em 1986, a construção foi idealizada pelo arquiteto Carlos Alberto Almeida, a pedido do então prefeito Ronaldo Cunha Lima, inspirada na forma de uma fogueira, símbolo tradicional das festividades juninas. Inicialmente batizada de Forródromo, em alusão ao Sambódromo do Rio, logo ficou conhecida como Pirâmide devido ao seu formato característico.
O espaço onde ela foi erguida, anteriormente chamado de Coqueiros de Zé Rodrigues, abrigava o antigo Palhoção. Desde então, tornou-se palco de importantes manifestações culturais: apresentações de quadrilhas, grupos folclóricos, artistas do forró pé de serra, além de eventos religiosos e casamentos coletivos.
Símbolo de identidade e memória
Segundo a professora e idealizadora do Memorial do Maior São João do Mundo, Cléa Cordeiro, a inauguração da Pirâmide foi um marco para a festa. “Foi um divisor de águas. O São João agora tinha espaço próprio, algo inédito”, relembra.
Para a campinense Elaine Braga, frequentadora assídua da festa há 21 anos, o espaço representa tradição e acolhimento: “A Pirâmide representa nossa história. Ela resgata esse aconchego que é Campina Grande.”
Reconhecida em 2022 como patrimônio histórico do município, a Pirâmide reforça seu papel como símbolo da identidade cultural de Campina Grande, unindo gerações e valorizando as raízes do povo nordestino.
Mais do que uma estrutura, a Pirâmide é cenário de afeto e resistência cultural — onde o forró, a memória e a tradição se encontram, ano após ano, celebrando o passado e projetando o futuro do São João.