Brasil

Pesquisa aponta que 72,8% dos brasileiros defendem que facções criminosas sejam tratadas como grupos terroristas

Uma pesquisa nacional do Instituto de Planejamento Estratégico (Ibespe) revelou que 72,8% dos brasileiros defendem que facções como o PCC e o Comando Vermelho (CV) sejam enquadradas como grupos terroristas. Outros 18,8% discordam e 8,4% não souberam responder.

O levantamento foi realizado entre 3 e 10 de novembro, com 1.010 entrevistados em todo o país e margem de erro de 3,1 pontos percentuais. O apoio é maior nas regiões Centro-Oeste (80,6%) e Sul (75,4%), e menor no Norte (64,8%). Homens (78,7%) e evangélicos (79,6%) estão entre os grupos mais favoráveis.

A pesquisa também mostrou que 43,6% dos entrevistados acreditam que o presidente Lula se confundiu em sua fala sobre usuários e traficantes de drogas feita em Jacarta, enquanto 38,3% entendem que ele realmente acredita que traficantes são vítimas dos usuários.

O tema está em debate no Congresso Nacional, onde parlamentares discutem projetos que propõem enquadrar facções criminosas como organizações terroristas. O relator Guilherme Derrite (PP-SP), porém, retirou a proposta de alteração da Lei Antiterrorismo do texto em análise. O governo federal é contra a equiparação, alegando riscos de intervenção internacional, como a dos Estados Unidos, que já consideram declarar o Comando Vermelho uma organização terrorista.

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