Política

Paulinho da Força pede para avançar com projeto da anistia após prisão de Bolsonaro

Relator quer votar texto restrito à dosimetria das penas, enquanto oposição pressiona por rapidez diante do “fato novo”.

O relator do projeto que trata da anistia aos condenados pelos ataques de 8 de Janeiro, deputado Paulinho da Força (Solidariedade-SP), solicitou ao presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), que leve a proposta ao plenário ainda nesta semana. O pedido foi feito durante uma breve conversa telefônica no sábado (22).

Paulinho defende uma versão limitada do projeto, focada apenas na dosimetria das penas, e rejeita uma anistia ampla, como reivindicam parlamentares ligados ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Pessoas próximas ao relator afirmam que Hugo Motta concordou somente em retomar o debate, sem avanço sobre o mérito nem definição de data para votação.

Mais cedo, o deputado avaliou que a prisão de Bolsonaro deve acelerar as articulações. “O assunto volta agora para a ordem do dia. Vai facilitar negociar nesta próxima semana”, disse.

Desde as primeiras horas de sábado, líderes da oposição também procuraram o presidente da Câmara. Aliados do ex-presidente afirmam que a prisão representa um “fato novo” e torna “urgente” a votação do PL da Anistia. Eles reconhecem, porém, que antes não havia votos suficientes para aprovar uma anistia ampla que incluísse Bolsonaro.

A expectativa na oposição é que a “comoção” provocada pelo encarceramento aumente o apoio à proposta. Mesmo assim, Paulinho da Força não estaria disposto a incluir no texto qualquer tipo de perdão ou redução de pena para o ex-presidente.

(Com informações da CNN Brasil)

Foto: Breno Esaki

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