A política paraibana volta a movimentar seu tabuleiro com uma possível mudança estratégica envolvendo o governador João Azevêdo. Avalia-se a indicação da médica Alice Maranhão como suplente para o Senado, uma decisão que traz simbolismo e potencial para agregar forças políticas históricas e contemporâneas no estado.
Alice Maranhão representa o legado do ex-governador, reforçando uma conexão com a família Maranhão, uma das mais influentes e tradicionais da Paraíba. Essa escolha não apenas mobiliza o espólio político de gerações anteriores, mas também dialoga com as novas demandas e o perfil renovado da política estadual. A aproximação entre a experiência do governador e o patrimônio político dos Maranhão sugere um movimento de construção de projetos comuns, que pode se traduzir em força eleitoral e governança compartilhada.
No outro lado do tabuleiro, o senador Efraim Morais sinaliza um reposicionamento claro: sua aproximação com o bolsonarismo. Diante das limitações do cenário político atual, o senador vê no bolsonarismo o espaço mais viável para sua atuação e sobrevivência política, o que reforça a polarização crescente e os alinhamentos ideológicos que marcam o país e, evidentemente, a Paraíba.
Essa dinâmica revela que, enquanto surgem novas possibilidades de cooperação em torno de nomes históricos e projetos renovados, o estado também reflete o cenário nacional, onde figuras tradicionais se realinham a movimentos de força, como o bolsonarismo, para manter influência e relevância.
A política paraibana está, portanto, em um momento de reconfiguração, em que legados, alianças e estratégias de futuro se encontram para definir os rumos eleitorais e administrativos do estado nos próximos anos.
