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Oscar 2025: Filme “Ainda Estou Aqui” faz história e conquista prêmio inédito para o Brasil

O Brasil entrou para a história do cinema na noite deste domingo (2) com a vitória do filme “Ainda Estou Aqui”, dirigido por Walter Salles, na categoria de Melhor Filme Internacionalno Oscar 2025. Esta é a primeira vez que uma produção 100% brasileira conquista o prêmio nesta categoria, superando concorrentes de países como França, Irã, Irlanda e Letônia.

A obra, baseada no livro homônimo de Marcelo Rubens Paiva, narra a trajetória de Eunice Paiva — interpretada por Fernanda Torres — que assumiu a liderança da família após o desaparecimento do marido, Rubens Paiva, vítima da ditadura militar no Brasil.

Prêmio inédito para o Brasil

A vitória de “Ainda Estou Aqui” encerra uma espera de mais de seis décadas para o cinema brasileiro. O país já havia sido indicado quatro vezes na categoria, com os filmes:

  • “O Pagador de Promessas” (1963)
  • “O Quatrilho” (1996)
  • “O Que É Isso, Companheiro?” (1998)
  • “Central do Brasil” (1999)

Apesar de “Orfeu Negro” ter vencido o Oscar em 1960 com diálogos em português, o filme representava a França na premiação. Agora, a estatueta de Melhor Filme Internacional finalmente chega ao Brasil.

Fenômeno nas bilheteiras e sucesso internacional

Lançado em novembro de 2024, o longa já arrecadou mais de R$ 100 milhões nas bilheteiras, tornando-se a quinta maior bilheteria da história do cinema nacional, segundo a Ancine.

Desde sua première no Festival de Veneza, onde venceu o prêmio de Melhor Roteiro, o filme vem colecionando elogios da crítica e conquistando espaço nas principais premiações internacionais.

Mais indicações na noite

Além da vitória como Melhor Filme Internacional, “Ainda Estou Aqui”disputa outras duas categorias no Oscar 2025:

  • Melhor Atriz para Fernanda Torres
  • Melhor Filme, o prêmio mais cobiçado da noite

Se levar a estatueta na categoria principal, o Brasil entrará definitivamente para a elite do cinema mundial.

Resgate da memória e luta por justiça

A história emocionante de Eunice Paivacoloca em evidência um dos capítulos mais trágicos da ditadura militar brasileira, destacando a luta por direitos humanos e justiça.

A atuação de Fernanda Torres tem sido apontada como uma das mais marcantes da carreira da atriz, com cenas que comovem ao retratar a força de uma mulher que enfrentou a perda do marido e a repressão do regime militar para proteger sua família.

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