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Os reconhecimentos têm sido vistos como um sinal político contra a expansão de assentamentos e a presença militar israelense nos territórios. França e Arábia Saudita lideravam uma ação diplomática para influenciar outros países a favor da Palestina. A Austrália também “reconheceu formalmente o independente e soberano Estado da Palestina”, anunciou neste domingo o primeiro-ministro Anthony Albanese. “Ao fazê-lo, a Austrália reconhece as aspirações legítimas e antigas do povo palestino de ter um Estado próprio”, afirmou Albanese em um comunicado, pouco após anúncios similares do Reino Unido e do Canadá. “O ato de reconhecimento de hoje reflete o compromisso de longa data da Austrália com uma solução de dois Estados, que sempre foi o único caminho para uma paz e segurança duradouras para os povos israelense e palestino”, acrescentou Albanese. Lista em alta Além dos três países anglo-saxônicos, o governo de Portugal anunciou que oficializará seu reconhecimento do Estado palestino ainda neste domingo (21). Outros países europeus, como França e Bélgica, expressaram a intenção de oficializar o reconhecimento. Com isso, a quantidade de países europeus que evitavam oficializar a medida diminuiu. Antes de uma série de formalizações entre 2024 e 2025, a maior parte dos reconhecimentos era limitada a antigos países comunistas, assim como Suécia, Islândia e Chipre.

O Reino Unido, a Austrália e o Canadá anunciaram neste domingo (21) o reconhecimento formal do Estado da Palestina, em uma mudança histórica de posicionamento diplomático. Com a decisão, passam a integrar o grupo de mais de 140 países que já haviam oficializado esse reconhecimento.

O anúncio ocorre em um contexto de agravamento da crise humanitária em Gaza e da falta de avanços diplomáticos entre palestinos e israelenses. Recentemente, países como Espanha, Noruega, Eslovênia, Portugal e Brasil também reconheceram oficialmente o Estado palestino.

Declarações oficiais

No Reino Unido, o primeiro-ministro Keir Starmer afirmou que a medida busca “reviver a esperança de paz entre palestinos e israelenses e a solução de dois Estados”. Ele já havia sinalizado, em julho, que o reconhecimento ocorreria durante a Assembleia Geral da ONU.

No Canadá, o primeiro-ministro Mark Carney declarou: “O Canadá reconhece o Estado da Palestina e oferece sua colaboração para construir a promessa de um futuro pacífico, tanto para o Estado da Palestina como para o Estado de Israel”.

A Austrália também formalizou a decisão. O premiê Anthony Albanese disse que o ato “reflete o compromisso de longa data da Austrália com a solução de dois Estados, única via para paz e segurança duradouras na região”.

Repercussão internacional

Reino Unido e Canadá se tornaram os primeiros países do G7 a reconhecerem a Palestina. A medida reforça a pressão internacional contra a política de assentamentos israelenses e sua presença militar nos territórios ocupados.

Israel criticou os anúncios, alegando que eles equivalem a “recompensar o terrorismo e o Hamas”. O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, manifestou concordância com a posição israelense.

Por outro lado, países como França e Bélgica sinalizaram que podem oficializar em breve o reconhecimento. Já a Arábia Saudita lidera esforços diplomáticos para ampliar a lista de apoios à Palestina.

FOTO: EPA/ANGELO CARCONI/PROIBIDA REPRODUÇÃO

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