Oposição pressiona por convocação de Frei Chico na CPMI do INSS

O irmão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), José Ferreira da Silva, o Frei Chico, é alvo de sete pedidos de convocação na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). O prazo para análise dos requerimentos vai até esta segunda-feira (25).
Frei Chico é vice-presidente do Sindicato Nacional dos Aposentados, Pensionistas e Idosos da Força Sindical (Sindnapi), uma das entidades investigadas pela Polícia Federal (PF) por supostos descontos ilegais em benefícios previdenciários.
Os pedidos de convocação foram apresentados pelo relator da CPMI, Alfredo Gaspar (União Brasil-AL), além dos deputados federais Mauricio Marcon (Podemos-RS), Delegado Fabio Costa (PP-AL) e Bia Kicis (PL-DF), e dos senadores Rogério Marinho (PL-RN), Marcos Rogério (PL-RO) e Izalci Lucas (PL-DF).
Entre os requerimentos, Izalci também solicita a quebra dos sigilos fiscal e bancário de Frei Chico e o envio do relatório de inteligência financeira do Coaf, abrangendo o período de janeiro de 2023 a julho de 2025. Segundo o senador, “é inconcebível seu desconhecimento sobre as práticas do sindicato enquanto vice-presidente”.
Apesar da pressão da oposição, o diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues, afirmou em abril que Frei Chico não é investigado. “O irmão do presidente Lula não é alvo da operação. Sei que, pela questão política, termina gerando uma onda de pessoas tentando fazer uma vinculação”, disse em entrevista ao ICL Notícias.
Até o momento, o presidente do Sindnapi, Milton Baptista de Souza Filho, recebeu apenas três pedidos de convocação, feitos por Adriana Ventura (Novo-SP), Duarte Jr. (PSB-MA) e Rogério Marinho.
A CPMI do INSS é controlada pela oposição, que conquistou a presidência e a relatoria. A primeira reunião do colegiado está marcada para esta terça-feira (26), com 35 requerimentos em pauta, incluindo convocações de ex-ministros do Trabalho e da Previdência, ex-secretários e dez ex-presidentes do INSS desde o governo Dilma Rousseff (PT).