Oposição critica julgamento de Bolsonaro no STF e questiona imparcialidade da 1ª Turma
Deputados afirmam que ministros foram indicados por governos do PT e falam em "condenação política"; Moraes nega falta de tempo para defesa

Parlamentares da oposição têm criticado o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e de outros sete réus por tentativa de golpe, conduzido pela 1ª Turma do Supremo Tribunal Federal (STF). Segundo os oposicionistas, o processo seria “injusto”, sob o argumento de que a maioria dos ministros da turma foi indicada por governos do Partido dos Trabalhadores (PT).
O deputado André Fernandes (PL-CE) declarou que Bolsonaro “não tem a quem recorrer” e classificou o julgamento como injusto. Ele ressaltou que os ministros da 1ª Turma foram, em sua maioria, nomeados por presidentes petistas. A composição atual da turma é a seguinte:
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Alexandre de Moraes – indicado por Michel Temer (MDB)
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Cármen Lúcia – indicada por Luiz Inácio Lula da Silva (PT)
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Cristiano Zanin – indicado por Luiz Inácio Lula da Silva (PT)
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Luiz Fux – indicado por Dilma Rousseff (PT)
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Edson Fachin (atualmente fora da 1ª Turma, substituído temporariamente por Zanin)
O líder da Oposição na Câmara, deputado Coronel Zucco (PL-RS), afirmou que a “única esperança jurídica” seria o ministro Luiz Fux, embora também tenha sido indicado por um governo petista. Zucco disse ainda que o STF estaria promovendo uma “condenação política” e alegou que a defesa não teve tempo suficiente para analisar as provas — argumento rebatido pelo relator do caso, ministro Alexandre de Moraes, que garantiu o respeito ao devido processo legal.
O julgamento, que tem previsão de ser concluído até sexta-feira (12), já conta com os votos de Moraes e Flávio Dino pela condenação. Ainda restam os votos de Cármen Lúcia, Cristiano Zanin e Luiz Fux.