Centenário Amargo: Treze Vive Ano de Colapso Técnico e Institucional em 2025
Sem títulos, sem calendário nacional e sem diretoria, Galo da Borborema chega aos 100 anos mergulhado em crise e incertezas

O centenário do Treze Futebol Clube, que deveria ser um marco de glórias, conquistas e memórias inesquecíveis, tornou-se, em 2025, um retrato amargo do fracasso. O clube caminha para celebrar 100 anos de existência sem levantar sequer um título. Nenhuma conquista no Campeonato Paraibano, nenhuma boa campanha na Copa do Nordeste e, pior, sem garantir vaga em qualquer competição nacional para 2026.
A crise se aprofundou com a renúncia do presidente Artur Bolinha, que assumiu com promessas de uma gestão moderna e saiu deixando um vácuo administrativo, em meio à disputa da Série D do Campeonato Brasileiro — a principal competição do ano para o Galo da Borborema. A gota d’água foi a derrota vexatória por 3 a 0 para o Central de Caruaru, dentro de casa, no Estádio Amigão. Neste domingo (8), o roteiro trágico se repetiu: nova derrota para o mesmo Central, agora por 1 a 0 fora de casa, decretando o colapso técnico da equipe.
Sem diretoria, sem rumo e sem perspectivas, o Treze foi a campo neste fim de semana como quem cumpre um triste ritual — um velório esportivo. O clube está, agora, muito próximo de ficar fora de qualquer divisão nacional em 2026, um golpe duríssimo no ano do seu centenário.
A ironia é cruel. Artur Bolinha, que tanto defendeu uma gestão profissional e responsável, encerrou seu ciclo com o clube afundado numa crise institucional, abandonado e sem horizonte. Fechou o Treze antes mesmo do seu aniversário de 100 anos.
Enquanto em 2024 o agora ex-presidente empunhava bandeiras políticas e bairristas em Campina Grande, um dos maiores símbolos da cidade foi deixado à própria sorte.
A torcida, fiel apesar dos pesares, clama agora por um milagre — dentro ou fora das quatro linhas. Porque 2026 se aproxima, e o Galo da Borborema, centenário, parece nascer morto.