Política

Lula impõe derrotas ao Congresso e expõe fragilidade de Hugo Motta e Alcolumbre

Presidente vence embates sobre IOF e número de deputados; Hugo ainda enfrenta denúncias sobre fantasmas no gabinete

Em meio à polêmica gerada pela tarifa de 50% imposta por Donald Trump aos produtos brasileiros, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) emplacou, nas últimas horas, duas derrotas simbólicas contra os presidentes da Câmara e do Senado, Hugo Motta (Republicanos-PB) e Davi Alcolumbre (União-AP).

A primeira vitória de Lula veio com a decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que restabeleceu o decreto presidencial que aumentava o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). A medida havia sido revogada pelo Congresso Nacional, que aprovou um projeto sustando os efeitos do decreto.

Inicialmente, Moraes havia adotado uma postura intermediária, suspendendo tanto o decreto quanto a decisão do Congresso, em uma tentativa de equilíbrio institucional. Mas agora, ao desautorizar o Congresso e devolver ao Executivo o controle sobre o tributo, a decisão representa um desempoderamento direto do Legislativo, reforçando o domínio do Planalto na disputa política.

Na segunda frente, o presidente vetou o projeto que aumentava o número de deputados federais de 513 para 531, texto relatado por Damião Feliciano (União Brasil) e apoiado por Hugo Motta e Alcolumbre. O veto, além de atingir diretamente a articulação política dos dois líderes, reforça a crítica pública ao aumento de cargos políticos em meio a um cenário de crise fiscal e queda de popularidade do Congresso.

Escândalo ronda gabinete de Hugo Motta

Como se não bastassem as derrotas no campo político, o deputado Hugo Motta também passou a figurar no noticiário nacional por uma denúncia do portal Metrópoles, que revelou a existência de servidores contratados em seu gabinete que não compareciam ao trabalho. Segundo a matéria, os funcionários recebiam salários regularmente, mesmo sem exercer suas funções.

O episódio reforça a ideia de que, ao se contrapor frontalmente ao Palácio do Planalto, o custo político pode ser elevado. O caso evidencia os riscos enfrentados por parlamentares que desafiam o Executivo em disputas de alto impacto, especialmente quando há desgaste institucional e pressões do Judiciário.

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