Lula destaca protagonismo econômico do Brics e defende reforma do FMI em fórum no Rio

Durante a abertura do Fórum Empresarial do Brics neste sábado (5), no Rio de Janeiro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva destacou o fortalecimento das relações comerciais entre os 11 países membros do bloco e defendeu uma reforma nas instituições financeiras internacionais, como o Fundo Monetário Internacional (FMI).
Lula ressaltou o papel crescente dos países do Sul global na economia internacional. Segundo ele, os membros do Brics já representam mais de 40% do PIB global em paridade de poder de compra. Enquanto a economia mundial cresceu 3,3% em 2024, os países do Brics tiveram uma média de crescimento de 4%.
“Diante do ressurgimento do protecionismo, cabe às nações emergentes defender um regime multilateral de comércio e reformar a arquitetura financeira internacional”, declarou Lula.
Ele também comemorou avanços durante a presidência brasileira do bloco, como o apoio à convenção da ONU para cooperação tributária e a proposta de reforma do FMI.
Indústria brasileira em destaque
O presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Ricardo Alban, destacou o papel estratégico da indústria nacional nas cadeias de valor do Brics, com ênfase em áreas como transição energética, segurança alimentar, infraestrutura e tecnologias verdes.
“Queremos oferecer ao mundo o que o Brasil tem de melhor: criatividade, força produtiva e compromisso com a sustentabilidade”, afirmou Alban.
Presenças internacionais e cúpula
Também participou da abertura o primeiro-ministro da Malásia, Anwar Ibrahim, que celebrou a participação do setor privado nas negociações econômicas e convidou Lula para um encontro bilateral no país asiático em outubro.
O fórum antecede a Cúpula do Brics, que será realizada no domingo (6) e segunda-feira (7), no Rio de Janeiro, sob a presidência brasileira. Entre os cinco fundadores do bloco, apenas dois líderes estarão presencialmente: Cyril Ramaphosa (África do Sul) e Narendra Modi (Índia). A China será representada pelo primeiro-ministro Li Qiang, e Vladimir Putin participará por videoconferência.