Juros do cartão de crédito disparam e atingem maior nível desde 2016

Os juros do cartão de crédito voltaram a subir em agosto e alcançaram o maior patamar em quase uma década, reacendendo o alerta entre especialistas em finanças pessoais. A alta da taxa do rotativo — cobrada quando o cliente não paga o valor integral da fatura — reforça o papel do cartão como um dos principais vilões do endividamento no Brasil.
Com o aumento, consumidores que não conseguem quitar a fatura integral podem ver a dívida dobrar em poucos meses, comprometendo o orçamento familiar e limitando o acesso a outras formas de crédito.
📌 Por que os juros subiram?
- Inflação ainda pressionando os preços.
- Selic em patamar elevado.
- Risco de inadimplência crescente no país.
📌 O que mudou com as novas regras do rotativo?
Desde janeiro de 2024, o Banco Central passou a exigir que os juros cobrados não ultrapassem o dobro do valor da dívida original. A medida foi criada para conter abusos, mas especialistas destacam que ainda há risco de superendividamento.
📌 Alternativas para fugir do rotativo
- Parcelamento da fatura: geralmente com juros menores do que o rotativo.
- Empréstimo pessoal: pode sair mais barato que os juros do cartão.
- Portabilidade de dívidas: trocar uma dívida mais cara por outra mais barata.
📊 Ferramenta prática
Sites de finanças e bancos digitais oferecem simuladores de portabilidade de dívidas, que permitem comparar taxas e migrar o débito para instituições com juros menores.
Foto: Marcello Casal Jr