Política

Hugo Motta apoia criação de 160 cargos no STF e é criticado por “trem da alegria” aprovado na Câmara

Proposta aprovada com apoio de deputados paraibanos prevê cargos comissionados nos gabinetes dos ministros e deve gerar custo anual de R$ 7,8 bilhões aos cofres públicos.

O deputado federal paraibano Hugo Motta (Republicanos), presidente em exercício da Câmara dos Deputados, foi um dos responsáveis por chancelar a criação de 160 novos cargos comissionados no Supremo Tribunal Federal (STF). A votação ocorreu durante uma sessão realizada em horário pouco habitual, o que gerou críticas de parlamentares e da sociedade.

A proposta, que prevê a distribuição das funções nos gabinetes dos ministros do STF, foi aprovada com 209 votos favoráveis e 165 contrários. Segundo estimativas, os novos cargos devem gerar um custo anual de R$ 7,8 bilhões aos cofres públicos.

O projeto gerou grande repercussão nas redes sociais, sendo classificado como mais um “trem da alegria” no serviço público. Críticos argumentam que a medida não traz benefícios diretos à população e amplia ainda mais os gastos do Judiciário em um momento de instabilidade econômica.

Entre os parlamentares da bancada paraibana, votaram a favor os deputados Aguinaldo Ribeiro (PP), Gervásio Maia (PSB), Luiz Couto (PT), Mersinho Lucena (PP) e Romero Rodrigues (Podemos). Apenas Ruy Carneiro (Podemos) e Cabo Gilberto Silva (PL) se posicionaram contra a criação dos cargos.

Essa não é a primeira medida polêmica liderada por Hugo Motta. Recentemente, o deputado comandou a votação que aprovou o aumento no número de deputados federais, de 513 para 531 parlamentares. A proposta ainda pode ser judicializada, mas evidencia uma aproximação entre os poderes Legislativo e Judiciário.

No fim das contas, o impacto financeiro será sentido pelo contribuinte, que bancará mais essa ampliação da estrutura pública — enquanto projetos prioritários para a população seguem em segundo plano.

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