Gleisi Hoffmann tenta conter avanço de propostas polêmicas na Câmara sobre atuação da PF e leis contra o crime organizado
Ministra busca diálogo com Hugo Motta diante de propostas que limitam a Polícia Federal e ampliam poder dos Estados, gerando tensão política com o Planalto
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A ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, recebeu a missão de dialogar com o presidente da Câmara Federal, Hugo Motta (Republicanos-PB), para tentar reverter a indicação do deputado Capitão Derrite (PL-SP) à relatoria de propostas que alteram o funcionamento da Polícia Federal (PF) e a legislação sobre organizações criminosas.
Entre os pontos em debate, está a ideia de restringir a atuação da PF nos estados, exigindo autorização dos governos estaduais para determinadas operações, proposta vista como um retrocesso pelo governo Lula.
Outro tema polêmico é a tentativa de equiparar todas as organizações criminosas e milícias a grupos terroristas, por meio de alterações na Lei nº 3.260, o que ampliaria a abrangência da legislação antiterrorismo.
Juristas e aliados do governo consideram a mudança inconstitucional, pois transferiria aos estados competências exclusivas da União, hoje sob responsabilidade da Justiça Federal e da PF.
A disputa, além de jurídica, tem impacto político direto nas relações entre Hugo Motta e o presidente Lula, refletindo também nos cenários eleitorais de 2026, tanto nacionalmente quanto na Paraíba, onde o governador João Azevêdo será peça central nas articulações.
Foto: Cristiano Mariz

