Política

Gleisi Hoffmann confirma demissão de indicados de deputados que votaram contra MP do IOF e critica Tarcísio de Freitas

A ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann (PT), afirmou que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) está promovendo uma reorganização na base aliada da Câmara dos Deputados após a derrota na votação da Medida Provisória do IOF.

Em entrevista ao jornal O Globo, Gleisi confirmou que a orientação é demitir os indicados políticos de parlamentares que votaram contra a medida, que previa o aumento de arrecadação em cerca de R$ 17 bilhões.

“Quem votou contra a Medida Provisória, que era de interesse do país, não pode permanecer. Votou contra o governo. Nossa orientação é afastar os indicados desses deputados. Demitir, e depois reorganizar a base”, afirmou a ministra.

Segundo Gleisi, o governo quer manter uma relação “franca, objetiva e leal” com o Congresso, mas deixou claro que haverá consequências políticas para os que se opuseram às pautas do Planalto.

Ela também criticou o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), que teria atuado contra a MP.

“A postura do Tarcísio tem sido lamentável. Já é a segunda ou terceira intervenção que ele faz em Brasília para tentar defender os interesses dele. Agora, de novo, operando contra o Brasil. É um desserviço o que esse governador está fazendo”, disse.

A ministra ainda projetou o cenário político para as eleições de 2026, dizendo que o governo trabalhará para reunir partidos da base e repetir alianças formadas em 2022.

“Vamos trabalhar o máximo que pudermos para trazer o partido por inteiro, fazendo uma coligação. O Republicanos e o PP terão partes conosco. O PT não ficará sem palanque bom”, afirmou Gleisi, ao destacar nomes como Fernando Haddad e Geraldo Alckmin como opções em São Paulo.

A Medida Provisória do IOF, considerada essencial para a política fiscal do governo, caducou após resistência no Congresso, representando uma das principais derrotas políticas recentes do Planalto.

Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

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