Exoneração de ministros da União Progressista por Lula pode impactar comando da federação na Paraíba
Disputa entre Efraim Filho e Aguinaldo Ribeiro pelo controle estadual deve ganhar novos capítulos após decisão do presidente

A decisão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de exonerar, nesta quarta-feira (8), dois ministros ligados à federação União Progressista deve ter reflexos diretos na Paraíba, especialmente quanto ao comando do agrupamento no Estado, disputado pelo senador Efraim Filho (União Brasil) e o deputado Aguinaldo Ribeiro (Progressistas).
A medida ocorre um dia após o governo sofrer uma derrota na Câmara dos Deputados, com a derrubada da Medida Provisória das Bets, que previa a taxação de apostas esportivas e fintechs.
Foram exonerados os ministros André Fufuca (Progressistas-MA), do Esporte, e Celso Sabino (União Brasil-PA), do Turismo. Também deixou o cargo Silvio Costa Filho (Republicanos-PE), titular da pasta de Portos e Aeroportos, considerado aliado do governador Tarcísio de Freitas (SP).
A articulação que levou à derrota do governo contou com a participação do senador Ciro Nogueira (Progressistas-PI) e de Antonio Rueda (União-AL), presidentes nacionais dos partidos que compõem a federação. Ambos já declararam que a União Progressista deve migrar para a oposição ao presidente Lula nas eleições de 2026.
Com esse novo cenário, ganha força a tese defendida por Efraim Filho, de que ele deve assumir o comando da federação na Paraíba, por representar o campo de oposição ao governo federal e manter alinhamento político com o grupo da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro.