O secretário-adjunto do Departamento de Estado dos Estados Unidos, Christopher Landau, afirmou nesta quarta-feira (17) que o Brasil deve conter o ministro do STF, Alexandre de Moraes, sob risco de “destruir completamente” as relações bilaterais entre os dois países. A declaração foi publicada no X (ex-Twitter) e republicada pelo perfil oficial da Embaixada do Brasil em Washington.
Segundo Landau, o governo brasileiro estaria permitindo que Moraes “dobre a aposta em seu abuso do processo judicial para perseguir uma agenda política”, em referência à condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) a mais de 27 anos de prisão pela 1ª Turma do STF. O diplomata também disse que não aceitará que o ministro estenda seu “regime de censura” aos EUA.
Moraes já foi alvo de sanções impostas pelos Estados Unidos com base na Lei Magnitsky, que prevê bloqueio de bens, cancelamento de vistos e suspensão de contas bancárias.
Novas sanções
Na segunda-feira (15), o secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, anunciou que Washington prepara novas sanções contra o Brasil após a condenação de Bolsonaro. Ele acusou os ministros do STF de parcialidade e disse que a decisão faz parte de uma “campanha de opressão judicial”.
Além da sanção direta a Moraes, a Casa Branca aplicou tarifas adicionais sobre produtos brasileiros, que podem chegar a 50%. O Brasil já está entre os países mais atingidos pelo tarifaço promovido pelo presidente Donald Trump (Partido Republicano).
