Paraíba

Empresário condenado por golpe das hortaliças cumpre pena em prisão domiciliar com monitoramento eletrônico

Jucélio Pereira de Lacerda, responsável por esquema que causou prejuízo de R$ 120 milhões, deixa regime fechado e poderá trabalhar externamente.

O empresário Jucélio Pereira de Lacerda, condenado a 7 anos e 5 meses de reclusão por um golpe envolvendo investimentos em hortaliças hidropônicas, vai cumprir a pena em regime semiaberto, em prisão domiciliar, com monitoramento por tornozeleira eletrônica. A decisão foi tomada pela juíza Andrea Arcoverde, do Tribunal de Justiça da Paraíba (TJPB).

Jucélio havia sido mantido em condenação pelo colegiado da Câmara Criminal do TJPB em setembro, junto com outros dois acusados, por crimes que resultaram em um prejuízo estimado de R$ 120 milhões. A progressão de regime foi autorizada após ele cumprir mais de 16% da pena, apresentar bom comportamento carcerário e não possuir novas condenações ou mandados ativos.

A juíza também liberou Jucélio para trabalho externo e determinou medidas específicas da prisão domiciliar, como: recolhimento noturno e nos finais de semana, proibição de sair da região metropolitana de João Pessoa sem autorização judicial, não portar armas ou ingerir bebidas alcoólicas, e comparecimento mensal à penitenciária até a instalação da tornozeleira eletrônica.

O esquema criminoso envolvia a empresa Hort Agreste, de propriedade de Jucélio e da esposa Priscila dos Santos, que oferecia investimentos em hortaliças hidropônicas, prometendo lucros acima da realidade do mercado. As vítimas relatam que os pagamentos nunca foram realizados, mesmo após depósitos de valores significativos.

O diretor financeiro da empresa, Nuriey de Castro, também condenado, permanece preso, enquanto Priscila responde em liberdade. Todos os três foram denunciados pelo Ministério Público da Paraíba (MPPB) por estelionato majorado.

Segundo as investigações, Jucélio prometia ainda uma “invenção mágica” que garantiria produção rápida das hortaliças, nunca cumprida. O golpe teria afetado dezenas de investidores, com perdas individuais que chegaram a mais de R$ 180 mil.

Foto: Hort Agreste Hidroponia/Divulgação

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