Dunga Júnior responde a cobrança do HELP e defende divisão de responsabilidades na saúde

O secretário de Saúde de Campina Grande, Dunga Júnior, se pronunciou após a cobrança feita pelo presidente do Hospital HELP, Dalton Gadelha, que apontou uma dívida de mais de R$ 60 milhões da Prefeitura com a unidade.

Em resposta, o gestor municipal destacou que a relação com o HELP e outros hospitais da cidade é pautada pelo diálogo constante. Ele afirmou que a Prefeitura realizou pagamentos na última semana e que novas liberações estão previstas para os próximos dias.

Dunga reconheceu as dificuldades financeiras enfrentadas pelo município, mas reforçou que o compromisso com os prestadores de serviços tem sido mantido. O secretário ainda ressaltou que a saúde de Campina Grande não pode ser tratada como uma responsabilidade exclusiva da gestão municipal.

Segundo ele, muitos serviços locais acabam absorvendo pacientes de cidades que sequer possuem pactuação formal com Campina Grande. Como exemplo, citou o Instituto de Saúde Elpídio de Almeida (ISEA), que recebe gestantes de 109 municípios da Paraíba, além de pacientes vindos de estados vizinhos, como Pernambuco e Rio Grande do Norte.

“Nunca mandamos ninguém voltar da porta do ISEA. Os serviços são prestados, mas, muitas vezes, quem financia é apenas o município de Campina Grande”, destacou.

Na última semana, uma reunião promovida pelo Ministério Público Estadual, em Campina Grande, reuniu representantes da Comissão de Saúde, procuradores e gestores estaduais e municipais. O encontro resultou na criação de um comitê para discutir regulação, pactuação e financiamento da saúde.

Para Dunga, esse espaço de diálogo é fundamental para encerrar o que classificou como uma “guerra política” em torno da saúde pública:

“O que estamos propondo agora com o Ministério Público é dar as mãos, acabar com essa rinha e passar a ajudar o município de Campina Grande. Precisamos dividir responsabilidades e tratar o financiamento da saúde de forma clara e transparente”, afirmou.