Política

CPMI do INSS vai ouvir Leonardo Gadelha sobre descontos irregulares em benefícios

A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do INSS aprovou, em sua primeira reunião, a convocação do ex-deputado Leonardo Gadelha, que será ouvido na condição de ex-presidente do órgão durante o governo Bolsonaro.

Além de Gadelha, a lista inclui outros ex-presidentes do INSS e ex-ministros, como Carlos Gabas, Lindolfo Sales, Leonardo Rolim e Renato Vieira, todos convocados para prestar esclarecimentos sobre o suposto esquema de descontos irregulares em aposentadorias e pensões.

Segundo o relator da CPMI, deputado Alfredo Gaspar (União Brasil-AL), a investigação pretende “seguir o caminho do dinheiro”: desde os descontos na folha dos aposentados, passando por sindicatos e associações que receberam os valores, até chegar aos beneficiários finais.

Mais de 30 requerimentos de convocação já foram pautados.

Disputa política

Desde sua criação, a CPMI tem enfrentado turbulências. Inicialmente, os presidentes da Câmara, Hugo Motta, e do Senado, Davi Alcolumbre, articularam nomes alinhados ao governo Lula. No entanto, a oposição surpreendeu ao eleger o senador Carlos Viana (Podemos-MG) como presidente, derrotando Omar Aziz (MDB-AM), e também ao retirar Ricardo Ayres (Republicanos-TO) da relatoria, que acabou ficando com Alfredo Gaspar.

A derrota foi atribuída por aliados governistas à falta de articulação política do líder do governo no Congresso, Randolfe Rodrigues (AP-PT).

Origem da CPMI

A comissão foi criada após reportagens do portal Metrópoles denunciarem um esquema bilionário de descontos irregulares em benefícios do INSS, que resultou em inquérito da Polícia Federal e na saída do então presidente do instituto e do ministro da Previdência, Carlos Lupi.

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