Brasil

Correios confirmam empréstimo bilionário e plano de demissões para conter prejuízo recorde

O presidente dos Correios, Emmanoel Schmidt Rondon, confirmou que a estatal vai recorrer a um empréstimo bilionário, com garantia da União, para tentar reverter a grave crise financeira que enfrenta. A medida busca reduzir os custos do crédito e alongar os prazos de pagamento, dando fôlego à empresa enquanto implementa um plano de reestruturação interna.

Segundo Rondon, o aporte é considerado essencial para viabilizar mudanças estruturais nos Correios, que registraram prejuízo de R$ 4,4 bilhões apenas no primeiro semestre de 2025 — mais do que o dobro das perdas do ano anterior. Em 2024, o déficit foi de R$ 2,6 bilhões, valor quatro vezes maior do que o de 2023.

A principal frente do plano é a redução de custos operacionais, com destaque para o lançamento de um Programa de Demissão Voluntária (PDV), que será o ponto de partida para ajustar o quadro de pessoal e reorganizar a estrutura administrativa.

O governo federal busca apoio de bancos públicos, como o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal, além de instituições privadas, para compor a linha de crédito, que deve girar em torno de R$ 20 bilhões.

A crise dos Correios vem se agravando desde o último ano do governo Jair Bolsonaro e foi intensificada sob a atual gestão. O novo comando tenta dar um caráter mais técnico à administração, após denúncias de aparelhamento político e má gestão, que contribuíram para o rombo bilionário acumulado.

Botão Voltar ao topo