Brasil

Correios acumulam prejuízo de R$ 4,3 bilhões sob governo Lula e devem receber socorro de R$ 20 bilhões

Os Correios, uma das estatais mais tradicionais do país, enfrentam uma grave crise financeira no atual mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A empresa registrou prejuízo de R$ 4,37 bilhões apenas nos dois primeiros trimestres de 2025, revertendo o lucro que chegou a ter em anos anteriores.

As perdas vêm desde o fim do governo Jair Bolsonaro, mas se agravaram na atual gestão petista. Procurada, a estatal atribui parte da crise à administração anterior. Até setembro, o comando era do advogado Fabiano Silva, integrante do grupo Prerrogativas, ligado ao PT. Ele foi substituído por Emmanoel Schmidt Rondon, funcionário de carreira do Banco do Brasil, numa tentativa de dar um perfil mais técnico à direção.

Entre os principais fatores apontados para o colapso estão:

  • o impacto da taxação das “blusinhas” (importações de pequeno valor),
  • o fim do monopólio sobre remessas internacionais,
  • o rombo no fundo de pensão dos funcionários,
  • e o aparelhamento político da estatal.

Com o cenário crítico, o governo Lula articula um empréstimo de R$ 20 bilhões junto ao Banco do Brasil, à Caixa Econômica Federal e a instituições privadas para socorrer os Correios. O plano prevê garantias da União e condições de ajuste na gestão da empresa.

A estatal, vinculada ao Ministério das Comunicações — pasta controlada pelo União Brasil —, segue como um dos principais focos de desgaste político e econômico do governo.

FOTO: ANDRE DUSEK/ESTADAO

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