Brasil

Copom deve elevar taxa Selic para 14,75% nesta quarta-feira, atingindo maior nível desde 2006

Caso se confirme, será a sexta alta consecutiva da taxa básica de juros, medida que visa conter a inflação e desacelerar a economia

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central se reúne nesta quarta-feira (7) e deve anunciar um novo aumento na taxa Selic, elevando-a de 14,25% para 14,75% ao ano — uma alta de 0,5 ponto percentual, segundo estimativas da maior parte dos economistas do mercado financeiro.

Com a nova alta, a Selic alcançaria o maior patamar desde julho de 2006, quando estava em 15,25% ao ano, durante o primeiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O anúncio oficial da decisão está previsto para após as 18h.

A expectativa de alta já havia sido sinalizada pelo próprio Banco Central, que indicou, em seus documentos oficiais, que seguiria com o aperto monetário em maio, embora com menor intensidade.

Objetivo: controle da inflação

O Banco Central justifica a sequência de aumentos na Selic como uma medida necessária para conter as pressões inflacionárias e manter a economia dentro da meta de inflação. No relatório de política monetária de março, a instituição afirmou que a economia brasileira ainda opera acima do seu potencial de crescimento.

O presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, destacou recentemente que os primeiros sinais de desaceleração ainda são incipientes e que o momento exige vigilância sobre o comportamento dos preços.

A taxa Selic é o principal instrumento do Banco Central para controlar a inflação. Ela influencia todas as demais taxas de juros da economia, afetando empréstimos, financiamentos e investimentos. A elevação da Selic costuma encarecer o crédito e, por consequência, reduzir o consumo e os investimentos, o que ajuda a conter o avanço dos preços.

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