Brasil

Consumir áudios e vídeos acelerados pode afetar a saúde mental, alerta psicóloga

O hábito de ouvir áudios e assistir vídeos em velocidades de 1,5x ou 2x pode trazer consequências negativas para a saúde mental, apontam especialistas.

Segundo pesquisa do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), 31,6% dos brasileiros de 18 a 24 anos já receberam diagnóstico de ansiedade — quadro que pode ser agravado pelo consumo acelerado de conteúdos digitais.

A psicóloga da Hapvida, Rosimery Santos, explica que a prática pode provocar síndrome do pensamento acelerado, transtorno de ansiedade generalizada (TAG), dificuldade de espera, problemas de comunicação e déficit de clareza na expressão verbal.

Ela alerta que, com o tempo, muitas pessoas deixam de conseguir acompanhar conteúdos em velocidade normal, o que impacta não só a saúde mental, mas também a atenção, concentração, aprendizagem e relações interpessoais.

“As consequências vão desde dificuldades de atenção até crises de ansiedade, desregulação emocional e defasagem na aprendizagem. Esse comportamento pode comprometer inclusive a comunicação, tornando as pessoas mais impacientes”, afirma Rosimery.

O cérebro também se adapta ao ritmo acelerado, fazendo com que o normal pareça “lento demais”. Essa sensação de impaciência tende a se estender a outras áreas da vida.

“A aceleração não fica restrita apenas ao conteúdo digital. Ela se generaliza, tornando pouco prazeroso diminuir o ritmo”, completa a psicóloga.

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