As principais centrais sindicais do país realizam nesta terça-feira, 4 de novembro de 2025, um ato na Avenida Paulista, em São Paulo, contra a taxa Selic de 15% ao ano. A manifestação foi convocada pelo presidente da Força Sindical, Miguel Torres, que criticou duramente a política monetária do Banco Central sob o comando de Gabriel Galípolo.
Torres afirmou que os juros elevados “trazem mais prejuízo ao país do que as tarifas impostas por Donald Trump” e classificou a taxa como “uma atrocidade que impede investimentos”. Ele também lamentou a falta de resultados após a saída de Roberto Campos Neto, ex-presidente da instituição.
“Esperávamos que a mudança trouxesse uma nova visão econômica, mas nada mudou. É um crime contra o crescimento do Brasil”, declarou o sindicalista.
O protesto conta com a adesão de outras entidades, como a CUT, a CTB e a UGT, que exigem uma revisão imediata da política de juros. Segundo as centrais, o atual patamar da Selic dificulta o crédito, trava o setor produtivo e amplia o desemprego.
Os organizadores esperam que o ato sirva para pressionar o Banco Central e o governo federal a promoverem medidas que estimulem o investimento e o desenvolvimento econômico.
Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil
