Brasil

Casal da Braiscompany segue em liberdade na Argentina 15 meses após prisão e sem previsão de extradição

Antônio Neto e Fabrícia Farias vivem com os filhos em apartamento modesto em Buenos Aires, apesar de centenas de processos no Brasil por fraudes financeiras

Cerca de quinze meses após serem localizados e presos na Argentina, o casal Antônio Inácio da Silva Neto e Fabrícia Farias, fundadores da Braiscompany, ainda não foi extraditado para o Brasil, onde responde a centenas de processos cíveis e ações criminais em curso. Eles são acusados de lesar milhares de investidores em esquemas de pirâmide com criptomoedas, sobretudo na Paraíba.

Atualmente, os dois vivem com os filhos menores em um apartamento simples localizado em um prédio misto (comercial e residencial), no tradicional bairro de Balvanera, em Buenos Aires, capital argentina. A região, próxima ao Congresso Nacional e a repartições do Judiciário argentino, abriga prédios históricos, escritórios de advocacia, sindicatos e comércio ativo — características que podem ter influenciado na escolha do local de residência.

Fabrícia foi colocada em prisão domiciliar logo após ser detida, em razão dos filhos menores. Antônio Neto obteve o mesmo benefício em maio deste ano. Ambos seguem sob custódia em regime domiciliar, sem movimentações conhecidas em relação à extradição para o Brasil, o que vem gerando insatisfação entre os milhares de clientes lesados.

No Brasil, as decisões da Justiça em processos cíveis já reconhecem o direito à indenização de investidores, mas a maioria ainda não foi efetivamente cumprida, já que os bens do casal estão em disputa judicial. Os processos criminais, conduzidos pela Justiça Federal, permanecem em andamento, sem prazo definido para conclusão e cumprimento das penas.

A Braiscompany ganhou notoriedade nacional por prometer rendimentos altos e fixos por meio de investimentos em criptoativos, atraindo milhares de brasileiros até sua implosão, em 2023, quando o casal desapareceu do país.

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