Carlos Vieira, paraibano presidente da Caixa, é mantido no cargo por Lula apesar de “faxina” no Centrão
Presidente da República preserva indicação de Arthur Lira em meio a exonerações após derrota na Câmara

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), decidiu manter Carlos Vieira, paraibano e atual presidente da Caixa Econômica Federal, no cargo, mesmo após iniciar uma série de exonerações de indicados do Centrão em órgãos federais.
A decisão ocorre após a derrota do governo na Câmara dos Deputados, que derrubou a Medida Provisória (MP) que tratava da substituição no aumento do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras). Como resposta, Lula autorizou uma “limpeza” em cargos estratégicos ocupados por indicados do PP, União Brasil, PSD e MDB.
As demissões atingiram órgãos como:
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Codevasf
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Iphan
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Dnit
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Ministério da Agricultura
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E até setores da própria Caixa Econômica Federal
Entre os exonerados, há nomes ligados ao senador Ciro Nogueira (PP-PI), ao presidente do PSD, Gilberto Kassab, e a parlamentares do União Brasil e MDB.
No entanto, a presidência da Caixa foi preservada, pois Carlos Vieira é apadrinhado pelo presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), que se ausentou da votação da MP e evitou confrontos diretos com o governo, ao contrário de outros líderes do Centrão.
A decisão de Lula demonstra que, apesar da reação ao Centrão, o canal de diálogo com Lira segue preservado, ao menos por ora, especialmente diante das disputas orçamentárias e da pauta fiscal em tramitação no Congresso.

