Política

Carlos Bolsonaro anuncia saída da Câmara do Rio e mira candidatura ao Senado em Santa Catarina

O vereador Carlos Bolsonaro (PL-RJ) anunciou nesta quinta-feira que deixará a Câmara Municipal do Rio de Janeiro e se mudará para Santa Catarina, onde pretende consolidar sua candidatura ao Senado nas eleições de 2026. O anúncio foi feito durante a abertura da sessão legislativa, em um pronunciamento longo e carregado de simbolismo político.

Segundo Carlos, a decisão representa a continuidade de um projeto pessoal e familiar, e não resulta de pressões externas. “Parto dessa cidade com o coração cheio de saudade, mas também com serenidade. Vou para Santa Catarina para atender a uma missão maior. Não é fuga, é continuidade de uma luta”, afirmou.

Durante o discurso, o vereador se emocionou ao falar sobre o pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro, atualmente preso em Brasília, e classificou a situação como injusta. “Ele enfrenta uma vida injusta, fruto de contradições, vícios e interpretações políticas. Bolsonaro está preso, mas não derrotado. Derrotado é quem abandona seus princípios”, declarou.

Carlos Bolsonaro iniciou sua trajetória na Câmara do Rio em 2000, com apenas 17 anos, e conquistou seis reeleições consecutivas, sendo o vereador mais votado da cidade em 2016 e novamente em 2024. Em seu discurso de despedida, destacou iniciativas como o clube de literatura clássica e o “Dia Municipal da Liberdade de Expressão”, que refletem sua atuação voltada à defesa de valores conservadores.

Colegas de Legislativo também prestaram homenagens. O presidente da Câmara, Carlo Caiado (PSD), elogiou Carlos como “sincero” e “amigo”, enquanto a vereadora Rosa Fernandes (PSD) recordou a trajetória do parlamentar desde a adolescência, ressaltando seu amadurecimento político.

A mudança para Santa Catarina já era trabalhada nos bastidores desde 2024. O PL avalia que Carlos tem potencial de bom desempenho no estado, onde Jair Bolsonaro obteve quase 70% dos votos no segundo turno em 2022. Entretanto, a movimentação provoca resistência dentro do próprio PL catarinense, já que sua entrada na disputa pelo Senado pode afetar a pré-candidatura da deputada federal Carol de Toni e complicar possíveis alianças políticas do governador Jorginho Mello.

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