Campina Grande se destaca como polo de emprego e renda no interior do Nordeste

O mercado de trabalho nordestino está passando por uma transformação significativa, com cidades de médio porte ganhando protagonismo na geração de empregos. Segundo o Boletim Temático Emprego e Rendimento, divulgado pela Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene), o ano de 2024 marcou uma descentralização das oportunidades profissionais, que antes se concentravam nas capitais.

Campina Grande, na Paraíba, é um exemplo dessa mudança. A cidade reafirma sua força industrial com destaque para o setor coureiro-calçadista, responsável por 8.726 empregos, além de setores como comércio varejista (14.844), serviços administrativos (14.294), educação (6.562) e saúde (5.905).

Para a Sudene, esse avanço está ligado à expansão das redes de institutos e universidades federais e estaduais, bem como a melhorias na infraestrutura urbana. “O Nordeste vem consolidando clusters de emprego não só nas capitais, mas também no interior”, destaca José Farias, coordenador da autarquia.

Segundo o economista Miguel Vieira Araújo, esses fatores ampliam a oferta de mão de obra qualificada e fortalecem o ambiente de negócios nas cidades interioranas, evidenciando o processo de interiorização do desenvolvimento regional.

A publicação integra os esforços da Sudene para retomar sua atuação como fonte de dados e análises econômicas e sociais sobre o Nordeste, especialmente em um mês dedicado à valorização do trabalhador.