Brasil prepara defesa contra investigação dos EUA que mira Pix e comércio popular
Documento será enviado na segunda-feira (18); investigação ocorre sob a Seção 301 e coincide com tarifa de Trump sobre exportações brasileiras

O Brasil enviará na próxima segunda-feira (18) sua primeira resposta oficial à investigação aberta pelos Estados Unidos sobre supostas práticas comerciais e regulatórias brasileiras consideradas anticompetitivas. A medida é conduzida com base na Seção 301 da Lei de Comércio dos EUA, instrumento já utilizado anteriormente em disputas comerciais com outros países.
Entre os alvos da investigação norte-americana estão o Pix, sistema de pagamento instantâneo criado pelo Banco Central, e o comércio informal na Rua 25 de Março, em São Paulo — um dos maiores centros populares de vendas do país.
A abertura da investigação ocorreu no mesmo dia em que o então presidente Donald Trump anunciou uma tarifa de 50% sobre as exportações brasileiras, o que ampliou o tom de tensão comercial entre os dois países.
📌 Defesa do Pix
O governo brasileiro já saiu em defesa do Pix, argumentando que o sistema é neutro, moderno e competitivo, sem prejuízos diretos às bandeiras de cartões de crédito norte-americanas, como alegam setores nos EUA. O Banco Central destaca que a plataforma democratizou o acesso a pagamentos digitais e reduziu custos para os consumidores.
Após o envio do documento, a expectativa é que Brasil e Estados Unidos participem de uma audiência pública até o fim do ano para debater os pontos levantados na investigação.