Brasil

Bebidas adulteradas com metanol em São Paulo têm origem em fábrica familiar, diz Polícia

Seis mortes e um caso de cegueira estão ligados ao esquema; investigação continua

O delegado-geral da Polícia de São Paulo, Artur Dian, informou nesta sexta-feira (17) que a principal hipótese é que todas as bebidas adulteradas com metanol no Estado provinham de uma fábrica clandestina gerenciada por uma família em São Bernardo do Campo, no ABC Paulista.

A responsável pelo esquema é Vanessa Maria da Silva, presa em flagrante na semana passada. A defesa da suspeita não foi localizada. Segundo Dian, a investigação já estabeleceu que todas as bebidas saíram, em algum momento, do círculo familiar da suspeita, e a operação desta sexta encerrou o primeiro ciclo da cadeia criminosa, que inclui produção, distribuição e comercialização.

Dados da investigação:

  • Mortes confirmadas: 6, sendo que duas já foram comprovadamente ligadas à fábrica.
  • Outros efeitos: 1 pessoa ficou cega após consumir a bebida adulterada.
  • Distribuição: Três locais de distribuição já confirmados; outros estão sendo checados.
  • Abrangência: Casos registrados em São Bernardo e Osasco.

A Polícia descarta participação da facção criminosa PCC no esquema. Além disso, a Polícia Federal investiga se metanol abandonado por criminosos após operações contra o crime organizado no setor de combustíveis tem sido utilizado para adulterar bebidas alcoólicas.

O delegado reforçou que a investigação continua, especialmente para confirmar a origem das outras quatro mortes e identificar todos os pontos de distribuição do produto.

Foto: Divulgação/SSP-SP

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