Política

Bate-boca marca votação da PEC dos Precatórios na Câmara; Hugo Motta e Carlos Jordy protagonizam discussão

Durante a votação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) dos Precatórios, na noite desta terça-feira (15), a sessão da Câmara dos Deputados foi marcada por uma discussão acalorada entre o presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), e o deputado Carlos Jordy (PL-RJ).

A tensão começou quando Jordy solicitou a palavra para questionar a retirada de um destaque apresentado pelo Partido Liberal (PL). Segundo ele, o ponto era “muito importante” para a legenda e não deveria ter sido retirado.

Hugo Motta respondeu de forma firme, esclarecendo que o destaque havia sido retirado pelo próprio líder do PL, o deputado Sóstenes Cavalcante. Jordy, por sua vez, rebateu afirmando que havia acabado de conversar com Sóstenes, o que deu início ao bate-boca.

Em determinado momento, o presidente da Câmara elevou o tom e declarou:

“Eu não funciono sob ameaça.”

A tensão expôs divergências internas no PL e marcou o momento mais acalorado da sessão, que terminou com a aprovação da PEC nos dois turnos.

PEC dos Precatórios: o que muda

A proposta aprovada permite ao governo retirar os gastos com precatórios do limite de despesas do novo arcabouço fiscal a partir de 2026. A partir de 2027, esses gastos voltarão a ser computados gradualmente na meta fiscal, à taxa de 10% ao ano, o que pode retardar por até uma década a incorporação total dessas despesas nas contas públicas.

No primeiro turno, o texto recebeu 404 votos favoráveis, 67 contrários e três abstenções. No segundo turno, foram 367 votos a favor e 97 contrários.

Com a aprovação na Câmara, a PEC agora retorna ao Senado Federal para nova deliberação.

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