Artur Bolinha renuncia à presidência do Treze em meio à crise histórica no ano do centenário
Com desempenho abaixo do esperado na Série D e forte pressão da torcida, dirigente deixa o cargo e pede transição imediata

O empresário Artur Bolinha oficializou, nesta segunda-feira (2), sua renúncia à presidência do Treze Futebol Clube, em meio à pior crise técnica e institucional da história recente do clube. A saída ocorre em pleno andamento da Série D do Campeonato Brasileiro e no ano do centenário da agremiação.
O Treze vive um momento conturbado dentro e fora de campo. Na atual temporada, o clube foi eliminado precocemente no Campeonato Paraibano e na Copa do Nordeste. Na Série D, soma quatro derrotas em sete partidas e ocupa posição delicada no grupo. A mais recente foi uma goleada por 3 a 0 para o Central de Caruaru, no Estádio Amigão, no último sábado (1º).
Bolinha, que assumiu o comando do clube em 2023, justificou sua saída pelo acúmulo de críticas e ataques pessoais. “Quando as críticas ao desempenho passam a atingir esposas, pais e filhos dos dirigentes, o desgaste ultrapassa os limites do que é razoável”, escreveu, em nota oficial.
Na nota de renúncia, Bolinha destacou realizações como a reestruturação administrativa, reativação das categorias de base, início da recuperação judicial, manutenção dos salários em dia e negociações em curso com potenciais investidores interessados em transformar o clube em SAF (Sociedade Anônima do Futebol).
O Conselho Deliberativo do Treze foi notificado para dar início ao processo de transição e convocar novas eleições.
Se o clube não conquistar o acesso à Série C, ficará sem calendário nacional em 2026, repetindo o cenário do rival Campinense, que disputará apenas o Campeonato Paraibano.
A saída de Bolinha agrava ainda mais a crise e deixa o Galo da Borborema sem comando efetivo na reta decisiva da competição.