O corpo de Arlindo Cruz foi sepultado neste domingo (10) no Cemitério Jardim da Saudade, em Sulacap, na Zona Oeste do Rio, em uma cerimônia marcada pela presença de amigos, familiares e personalidades do samba e das artes, como Diogo Nogueira e Hélio de la Peña. O sambista morreu na sexta-feira (8), aos 66 anos, em decorrência de complicações de um AVC sofrido em 2017.
Antes do sepultamento, o corpo foi velado na quadra do Império Serrano, no estilo “gurufim” – com samba e memória. Segundo o portal Gshow, do Grupo Globo, o caixão foi levado ao cemitério em um caminhão do Corpo de Bombeiros, em cortejo acompanhado por fãs. Os filhos do sambista, Arlindinho e Flora Cruz, e a viúva, Babi Cruz, se emocionaram na despedida. Várias coroas de flores foram enviadas por artistas, escolas de samba, amigos e pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Em mensagem nas redes sociais, Lula lamentou a perda e destacou que Arlindo foi “um dos compositores e artistas mais talentosos e respeitados do Brasil”. O presidente o definiu como “o Sambista Perfeito” e afirmou:
“Arlindo nos deixa um legado de talento, poesia e generosidade, que ficará para sempre na nossa memória. Minha solidariedade à família, aos amigos e a todos que foram tocados por sua arte.”
O velório no sábado (9) também contou com a presença do prefeito do Rio, Eduardo Paes.
Arlindo estava internado desde maio no Hospital Barra D’Or, na Barra da Tijuca, por complicações de uma pneumonia. Desde o AVC em 2017, passou por longos períodos de internação.
Homenagens
Nas redes sociais, o bloco Cacique de Ramos afirmou, em nota, que registrava “com profundo respeito” a partida do artista:
“Sua trajetória permanece inscrita na história do samba e na memória da nossa instituição, como autor e intérprete que, com talento singular, integrou capítulos essenciais da nossa caminhada.”
Zeca Pagodinho, amigo e parceiro de Arlindo, escreveu:
“Morre hoje o meu compadre, meu parceiro e meu amigo Arlindo Cruz! Que Deus te receba de braços abertos! Sofreu muito e agora merece descansar um pouco! Vá com Deus, meu compadre!”
Paulinho da Viola também prestou homenagem:
“Com o Fundo de Quintal, ao lado de parceiros como Sombrinha, Zeca e Almir, Arlindo renovou o gênero num tempo em que o samba quase não tocava nas rádios, mas o grupo lotava ginásios. Hoje nos despedimos desse grande artista. Descanse em paz, Arlindo.”
