À beira do centenário, Treze enfrenta risco de falência
Clube aposta em novo plano de recuperação judicial para quitar dívida de R$ 31 milhões e evitar fechamento

A poucos dias de completar 100 anos de fundação, no próximo domingo (7), o Treze Futebol Clube vive um dos momentos mais delicados de sua história. O clube enfrenta nesta quarta-feira (3) uma nova audiência decisiva com seus credores, que avaliarão o plano de pagamento de uma dívida estimada em R$ 31 milhões. A proposta faz parte do processo de recuperação judicial, única alternativa encontrada pela diretoria para evitar a falência.
Segundo Cláudio Killa, diretor de marketing do clube, os débitos acumulados ao longo de décadas travam qualquer possibilidade de investimento, tanto no futebol quanto na estrutura do Treze. A nova proposta, reformulada após rejeição inicial, prioriza os pequenos credores, com pagamentos escalonados a partir de 2026.
Entre os pontos do plano, estão previstos pagamentos de até 50% do valor devido a credores com dívidas de até R$ 100 mil, em um prazo de quatro anos. Para os demais, haveria descontos maiores. O primeiro desembolso, caso o plano seja aprovado, seria de pouco mais de R$ 1 milhão.
“É um esforço duro, mas necessário. O Treze passou do limite. Não enfrentar a dívida inviabiliza o futuro do clube”, afirmou Killa. Ele também alertou que, se a proposta for rejeitada, o clube corre sério risco de falência, com bens como o estádio Presidente Vargas sendo usados para cobrir parte do débito — o que, ainda assim, não seria suficiente.
“Falência é prejuízo para todos. A proposta é dura, mas justa. Ainda há tempo para evitar o pior”, concluiu.