O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ampliou a pressão sobre o governo de Nicolás Maduro por meio do envio de navios de guerra ao Caribe, da classificação da Venezuela como território de interesse antiterrorista e do fechamento do espaço aéreo para aeronaves venezuelanas. As ações têm como objetivo forçar a saída de Maduro do poder.
Segundo pessoas próximas ao presidente venezuelano, a pressão prolongada teria causado desgaste físico e emocional, levando Maduro a reforçar a própria segurança. O possível sucessor dependerá da forma como ocorrer uma eventual saída do cargo. Em caso de renúncia, a primeira na linha sucessória é Delcy Rodríguez, atual vice-presidente e também ministra do Petróleo. Em seguida aparece o ministro do Interior, Justiça e Paz, Diosdado Cabello.
Se a mudança de poder ocorrer por golpe interno ou ação militar, não há definição clara de quem assumiria. Entre os nomes mais citados estão figuras da oposição e aliados do regime. A líder opositora María Corina Machado venceu as primárias do ano passado, mas foi impedida de disputar a eleição e permanece como uma das principais referências do setor. Edmundo González, que a substituiu no pleito, também aparece entre as possibilidades em um cenário eleitoral.
Outros nomes de destaque incluem Jorge Rodríguez, presidente do Congresso, e o general Vladimir Padrino López, oficial de mais alta patente das Forças Armadas.
Foto: Marcelo Camargo
