Brasil

Ministro do STM critica presidente por pedir perdão por crimes da ditadura

O tenente-brigadeiro do ar Carlos Augusto Amaral Oliveira, ministro do Superior Tribunal Militar (STM), criticou a presidente do tribunal, Maria Elizabeth Rocha, por solicitar perdão para mortos, desaparecidos e torturados durante o regime militar. O pedido de perdão foi feito no ato interreligioso em homenagem ao jornalista Vladimir Herzog, em São Paulo, no último sábado (25.out).

Durante sessão plenária na quinta-feira (30.out), Amaral afirmou que Rocha não poderia falar em nome do STM e que sua declaração apresentava uma abordagem política e superficial em um evento que, em sua visão, deveria ser ecumênico. Ele reforçou que não lhe outorgou mandato para representar o tribunal e que discordava do gesto ao se referir a vítimas e familiares do período militar.

O ministro também sugeriu que a presidente estudasse mais sobre a história do tribunal e sobre o período mencionado antes de emitir posicionamentos em nome da instituição, destacando que seu registro de discordância fica registrado para estudos futuros da história.

Amaral enfatizou que não se trata de censura à liberdade de expressão, mas de não usar o STM como porta-voz para manifestações individuais sobre temas históricos sensíveis.

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