O colapso da segurança e o avanço do crime: o Brasil à beira do ponto de não retorno
A explosão de violência no Rio revela um país onde o Estado perdeu o controle e o crime organizado ocupa o espaço da lei.

O que explode no Rio é sintoma de um país doente. Do Amapá ao Rio Grande do Sul, o crime organizado ocupou o vácuo deixado pelo Estado. Em muitos municípios da Amazônia, já nem há mais conflito — há domínio completo do crime.
Quando um político faz campanha em território de facção como se fosse algo normal, quando prisões são relaxadas e a indústria cultural glamouriza drogas e armas, a mensagem é clara: vale tudo. Vale para quem financia campanha com dinheiro sujo, para quem finge não ver, para quem vota contra o endurecimento das penas para crimes hediondos e até para quem insiste em tratar traficantes como vítimas.
Se o país continuar nesse caminho, teremos cada vez mais parlamentares patrocinados pelo crime, até que se tornem maioria. Estamos no ponto de não retorno: ou o Brasil retoma o monopólio da força, aplica a lei sem contorcionismos e chama as coisas pelo nome — facções são organizações terroristas —, ou abre mão de vez da normalidade institucional.
Segurança pública não é pauta ideológica. É pré-requisito de civilização.
Foto: REUTERS/Aline Massuca IMAGENS TPX DO DIA

