Brasil

Havan registra aumento de furtos após suspensão dos “amostradinhos do mês”

Rede aponta crescimento de 50% nas ocorrências e Luciano Hang cobra endurecimento das leis

A rede de lojas Havan registrou um aumento expressivo nos casos de furtos, arrombamentos e depredações após ser obrigada a retirar do ar os vídeos conhecidos como “amostradinhos do mês”, que mostravam pessoas suspeitas de furtar produtos nas lojas.

Segundo a empresa, foram 64 casos apenas em setembro, o que representa quase 50% de todos os crimes registrados em 2025. No acumulado do ano, já são 131 ocorrências.

O empresário Luciano Hang afirmou que o crescimento dos crimes começou logo após a retirada dos vídeos. Para ele, os suspeitos “não têm medo da Justiça, mas da exposição pública”.

“Os criminosos têm vergonha de serem reconhecidos por familiares, amigos e vizinhos. Quando expostos, pensam duas vezes antes de agir”, disse Hang.

Diante da situação, o empresário divulgou um novo vídeo — desta vez com os rostos borrados — para mostrar o impacto da criminalidade nas lojas e cobrar ações mais firmes das autoridades.

“Não podemos permitir que a criminalidade avance sem controle. É preciso endurecer as leis e investir em tecnologia para garantir segurança à população”, afirmou.

Hang também declarou apoio ao Projeto de Lei 3630/2025, de autoria da deputada Bia Kicis (PL-DF), que propõe alterações na Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) para permitir a divulgação de imagens de criminosos flagrados em estabelecimentos comerciais.

O empresário ressaltou que todas as 184 megalojas da Havan possuem monitoramento 24 horas e sistemas modernos de segurança.

“As pessoas flagradas cometendo crimes são identificadas, registramos boletim de ocorrência e processamos judicialmente. Elas ficam cadastradas em nosso banco de dados e, se entrarem em outra loja, o sistema é imediatamente alertado”, concluiu Hang.

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